sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Escadas

É UMA ESCADA EM CARACOL

E QUE NÃO TEM CORRIMÃO.

E VAI A CAMINHO DO SOL

MAS NUNCA PASSA DO CHÃO.

OS DEGRAUS, QUANTO MAIS ALTOS,

MAIS ESTRAGADOS ESTÃO.

NEM SUSTOS NEM SOBRESSALTOS

SERVEM SEQUER DE LIÇÃO

QUEM TEM MEDO NÃO OS SOBE.

QUEM TEM SONHOS TAMBÉM NÃO.

HÁ QUEM CHEGUE A DEITAR FORA

O LASTRO DO CORAÇÃO.

SOBE-SE NUMA CORRIDA.

CORREM-SE PERIGOS EM VÃO.

ADIVINHASTE: É A VIDA

A ESCADA SEM CORRIMÃO

DAVID MOURÃO-FERREIRA

Imperceptíveis, elas estão por toda a parte. Você se lembra de ter passado um dia sem passar por uma escada? Pois é! De tão importantes, elas estão tão presentes no nosso dia-a-dia que acabamos nos esquecendo delas.

Gosto das escadas, como gosto das pontes. Elas nos levam a outros lugares, outros níveis, sobrepujando os obstáculos. De sua utilidade, pode-se tirar poesia por analogia. Fora da utilidade, elas são poesia materializada. Têm ritmo, unidade, proporção e outros atributos da beleza. Umas são brutas, outras românticas, e outras sofisticadas. Cada qual, se bem empregadas e projetadas valorizam qualquer espaço.

Hoje não vou falar da técnica de como fazê-las. Gostaria que através de algumas imagens que selecionei vocês também sentissem o que eu sinto: que numa escada existe muito mais que degrau sobre degrau..

Sinuosa e Romântica

Stair to heaven

Espiral: funcional e decorativa

Escada de livros...

...e de vidro

Escada do Museu do Vaticano: não podia se diferente!

Loja da Armani, 5th Avenue, New York City

Essa vale mais uma imagem.

O assunto escada é infindável.
Se você gostou e quiser ver mais algumas,
tomo a liberdade de indicar uma visita aos sites:

http://simplesmente.com/2009/05/02/escada/

http://everamazing.blogspot.com/2009/11/reatest-spiral-stairs.html




sábado, 25 de junho de 2011

TV Espelho

Já está disponível para venda no Brasil a “TV espelho”. Umas das opções, a alemã ad-notam, que possui patentes para a tecnologia Mirror Image presente em três linhas de televisores. São telas de 15” até 47” com resolução HD (e Full-HD a partir de 32”) e sintonizador para TV digital embutido, já no padrão nipo-brasileiro. Embora possam ficar na sala, as TVs são todas preparadas (e homologadas) para serem instaladas em áreas úmidas, como banheiro ou sauna, sem o risco de comprometer a sua vida útil.


A concepção se dá da seguinte forma: o display LCD, construído especialmente para esse fim, é grudado magneticamente atrás de um painel de vidro espesso, que é capaz de se transformar em um espelho quando a TV está desligada. É possível instalar o display, inclusive, atrás de espelhos maiores a serem encomendados pelo próprio usuário. Todas as entradas HDMI e de vídeo analógicas estão reunidas em um módulo à parte, chamado de Input Box, que conduz o sinal de áudio e vídeo por um único cabo. Um controle remoto à prova d`água acompanha a TV.


Segundo informações, o sistema não apresentou perdas de brilho ou contraste com um espelho à frente, revelando-se uma ótima opção para locais iluminados – como banheiros.

O preço é só sob consulta. Hih!! Imagino que não seja um preço muito acessível ainda, em função da inovação que apresenta. Então, pensando nisso, será que não tem uma opção mais barata e caseira, já que a idéia é ótima?


No ano de 2007, na Casa Cor Rio havia algo parecido e simples: um nicho na parede com uma TV LCD embutida e na frente um vidro com Insul-film espelhado. Como o nicho fica totalmente escuro, o filme aplicado vira um espelho. Quando você liga a TV, a imagem ultrapassa. Também poderia ser usado os “Espelhos falsos”, aqueles visto nos filmes em que o suspeito de um crime é interrogado enquanto detetives observam atrás de um espelho.


Fiquei louco para testar uma ou outra opção. Alguém se habilita?


Acompanhe o vídeo, para saber mais detalhes sobre a TV espelho ad-notam.




creditos:http://planetech.uol.com.br/2010/03/11/chega-oficialmente-ao-brasil-a-tv-espelho/


sexta-feira, 13 de maio de 2011

Vamos para a cama?

A casa é um refúgio dentro da correria das cidades. E, nas casas, o dormitório é o seu refúgio. Nada mais justo ele ser bem tratado. Podemos dizer que o dormitório é o lugar dos prazeres. Além do descanso e o sono reparador, um dormitório bem tratado pode ampliar nosso prazer favorecendo uma leitura, um vídeo, o amor, e outros momentos felizes, sozinho ou acompanhado. Mas o destaque deste ambiente ainda é a cama. Sem ela, o ambiente não seria um dormitório.

Então, vamos para a cama? Resolvi dar uma pinçada em algumas delas, dentre milhares que estão por aí. Estou postando as 10 primeiras que me apareceram pesquisando na Net que eu tive simpatia. Nelas aponto algo que achei interessante. E, para contrabalançar, também tem a ovelha negra: uma que não gostei. Já que o assunto é cama, espero que aproveitem o post para sonhar um pouco. E, caso queiram mais informações sobre as camas apresentadas e muitas outras, acessem: http://casaeimoveis.uol.com.br/album/camas_2011_album.jhtm#fotoNav=2




Da Ronconi, o conjunto Veneza reúne box baú e colchão. Boa opção para aproveitar espaço.Edredons, cobertores e porque não as malas.




Proposta mais rústica, de origem tailandesa e com design de Artur Casas



Gostei da ambientação. O papel de parede deu um ar bem sofisticado.




Simplesmente Clássica.


As camas articuladas "Pilati".Os estrados dos modelos para casal são independentes e individuais. A cabeceira é um clássico do modernismo que eu aposto.



Esta vale pela ambientação com um ar masculino.



E essa, com um ar feminino.



Sugiro esta para o público mais jovem e despojado, que gosta de praticidade.


A cama certa no ambiente certo. Sua modernidade juntamente com o tapete e criado mudo equilibra a sobriedade do clássico.


As cores e formas que dão um ar sério e sofisticado, sem perder a elegância.

O feio também está à venda, por módigos R$ 20 mil. Não é só o bom gosto que sai caro!

sábado, 12 de março de 2011

Tendências na Cozinha

Não há como falar de tendência na cozinha, sem antes conhecer o passado e o caminho que ela percorreu até aqui. Há pouco mais de 400 anos, a cozinheira corria atrás da galinha que ciscava no terreiro e, depois de caçá-la, cuidava de matar, depenar e cortar o bicho. Aí acendia a fogueira, que ficava sob um telheiro rudimentar no quintal, apoiava o caldeirão sobre o fogo, se agachava e começava a cozinhar. Era assim que funcionavam as primeiras cozinhas brasileiras.
As transformações mais significativas, aquelas que mudariam radicalmente não só a arquitetura da cozinha como também o uso que se dava ao cômodo, ganharam força somente na segunda metade do século 19. Foi a partir dessa época que a cozinha começou a se parecer com o ambiente que conhecemos hoje. E exclusivamente nas residências da elite – o dinheiro do café, da borracha e do açúcar permitia que as novidades européias, oriundas da Revolução Industrial, começassem a viajar para o Brasil. Chegavam com muitos anos de atraso, mas chegavam.

Com a invenção da torneira, em 1800, e a construção da rede de abastecimento de água em domicílio, iniciada 76 anos depois, no Rio de Janeiro, o preparo dos alimentos se tornou uma prática mais asseada. Já não era necessário deixar a cozinha do lado de fora da casa. Havia ladrilhos hidráulicos laváveis para revestir o piso e até uma incipiente coleta de lixo, lançada em caráter experimental, no Rio, em 1885. Sem falar na geladeira, uma invenção que fez toda a diferença no dia-a-dia doméstico. Não chegava a ser um eletrodoméstico. “Eram armários de madeira, revestidos por dentro com cortiça e folha-de-flandes. Havia uma prateleira no alto, onde se apoiava a pedra de gelo (produzida em fábricas) comprada por assinatura , e uma canaleta que conduzia a água do degelo para um balde.

Nas primeiras décadas do século 20, deu-se outra enxurrada de novidades. Em 1901, o palácio do governo de São Paulo instalou o primeiro fogão a gás de que se tem notícia no Brasil. E a moda não custou a pegar, aposentando de vez os velhos fogões a lenha. “Eram importados e vendidos pelas próprias companhias de gás, que exploravam a iluminação pública”, conta. Em 1905, começou-se a produzir energia elétrica, a princípio para iluminação e fins industriais. Poucos anos depois, os americanos já conheciam a revolucionária geladeira elétrica, invenção que só desembarcou aqui em 1928. Nem de longe se parecia com as geladeiras atuais – bem pequenininha, ainda tinha boa parte do espaço interno ocupado pelo motor. Mas ninguém chiava. Era o começo de uma era de facilidades há muito sonhadas: liquidificador, batedeira, espremedor de frutas e torradeira logo vieram na carona.


A popularização dos eletrodomésticos gerou uma senhora transformação na arquitetura das residências brasileiras. A cozinha, que até o começo do século 20 era quente e desconfortável, sinônimo de árduo trabalho braçal, se tornou um ambiente mais fresco, cheiroso e convidativo. As donas-de-casa, que antes só entravam ali quando obrigadas, começaram a passar mais tempo ao redor do fogão. A década de 1950 é o símbolo da nova cozinha. Revestida de ladrilhos e azulejos, forrada de armários planejados, com portas e gavetas de laminado colorido, ela foi se tornando uma extensão da sala de estar. Nascia a copa-cozinha, uma tradição brasileira que sobreviveu por décadas, local preferido da família de classe média.

Nos últimos 20 anos, com a entrada efetiva da mulher no mercado de trabalho, com as inovações tecnológicas, com a falta de tempo para se preparar as refeições e os outros afazeres da casa, aliado ao custo crescente das empregadas domésticas, com a violência urbana, as cozinhas tiveram que mudar. Hoje tendem à parecer salas de refeições. Tudo muito limpo, clean e discreto. O pinduricalho está sumindo. Muita coisa está embutida atrás de painéis. Na onda do loft, as cozinhas estão diretamente integradas ao estar. Hoje, entrar na cozinha não é só obrigação. Entramos e ficamos por prazer. O patrão quis participar e virou Chef. Fazer algo na cozinha é para muitos um Hobby.

Portanto, a época é de ecletismo, e se encontra de tudo no mercado, acentuando a personalidade do cliente. Quem gosta de receber, vai optar por projetos integrados; quem tem talento para a culinária, vai investir, além de integração, em um espaço equipado; os de rotina agitada, precisam de projetos inteligentes; quem gosta de inovar, aposta em marcenaria arrojada e colorida. O fundamental para uma jovem solteira pode ser dispensável para o chefe de família. O custo também é eclético. Como a cozinha é o local da casa que contém maior número de equipamentos, dos mais diversos níveis de sofisticação, pode-se fazer cozinhas a partir de R$ 10 mil, e se chegar à cozinhas de R$ 500 mil ou mais. Por isso, antes de definir a sua cozinha, busque referências, pesquise em revistas, sites e lojas especializadas. Visualize no seu dia-a-dia, como uma cozinha lhe serviria melhor. A dinâmica da família, como ela funciona, deve ser a base do projeto. E, finalmente, passe isso tudo ao seu arquiteto, discuta com ele as melhores soluções, e tenha certeza que tudo terminará com um belo jantar de inauguração.


Referências: Flávio Pinho – www.história.abrir.com.br e Revista Casa & Ambiente nr.39